Indicadores
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A economia angolana, conforme medido pelo Produto Interno Bruto (PIB) a preços de mercado, terá crescido em 2006, em termos reais, em cerca de 14,7 por cento. O crescimento real do sector petrolífero está estimado em 13,1 por cento, enquanto o do sector não petrolífero se estima em 17,2 por cento.
Comparativamente a 2005, esse desempenho representa uma aceleração do crescimento do sector não petrolífero em cerca de 6,8 pontos percentuais e um abrandamento do produto total em cerca de 9,3 e 2,3 pontos percentuais, respectivamente.
O preço médio de exportação do petróleo bruto angolano no ano de 2006 foi calculado em 61,37 dólares por barril, o que representa um aumento de 21,1 por cento com relação a 2005.
A tendência de consolidação da estabilidade macro-económica que se vem observando nos últimos anos, com a queda contínua da taxa de inflação anual mantém-se em 2006. Assim é que a taxa anual de inflação medida pelo Índice de Preço no Consumidor (IPC) da cidade de Luanda cifrou-se em 12,2 por cento, contra os 18,5 por cento observados em 2005.
Os meios de pagamento (notas, moedas metálicas e depósitos a ordem, depósitos a prazo, títulos, os empréstimos e acordos de recompra) registaram um aumento da ordem dos 58,7 por cento, contra os 60,2 por cento de 2005, como resultado do aumento dos Activos Externos Líquidos (AEL) em 137,7 por cento e da redução dos Activos Internos Líquidos (AIL) em 631,4 por cento.
O aumento dos AEL foi influenciado, sobretudo, pelo aumento das Reservas Internacionais Líquidas (RIL) do Banco Central em cerca de 167,8 por cento, passando de cerca de 3,2 mil milhões de dólares, em Dezembro de 2005, para cerca de 8,54 mil milhões de dólares, em Dezembro de 2006; os outros Activos Externos Líquidos tiveram um crescimento de cerca de 81,4 por cento.
Quanto ao comportamento dos AIL, foi influenciado pelo aumento dos depósitos líquidos no Banco Central, que suportou o aumento das RIL, em cerca de 462,2 por cento, enquanto o Crédito à Economia aumentou em cerca de 68,5 por cento.
Quanto às taxas de juro, notou-se uma redução do seu nível. Assim, a taxa de juro nominal dos Títulos do Banco Central (TBC) de 91 dias passou de cerca de 11,2 por cento, em Dezembro de 2005, para 6,3 por cento, em Dezembro de 2006; no sistema bancário, as taxas de juro nominais de igual maturidade registaram, em média, a redução de 43,2 por cento para 13 por cento.
Recursos Minerais
Angola é um país muito rico em recursos minerais e o seu subsolo abriga
muitos dos minerais mais importantes para o comércio mundial como
petróleo, diamantes, gás natural, substancias betuminosas, ferro, cobre e
ouro. Os recursos minerais, sólidos, líquidos ou gasosos existentes no solo, subsolo, no mar territorial ou na zona económica exclusiva sob jurisdição de Angola são propriedade do Estado, que determina as condições para a sua concessão pesquisa e exploração, nos termos da Constituição e da lei.
O petróleo angolano representa em termos económicos um percentual considerável do PIB nacional e a sua exploração está distribuída ao longo de três principais bacias sedimentares costeiras: bacia do Congo (englobando Cabinda), bacia do Kwanza e bacia do Namibe, que fazem parte da bacia marginal do Atlântico Sul.
Aproximadamente dois terços das actuais reservas de hidrocarbonetos de Angola, estimadas para mais de 35 anos, encontram-se na costa marítima da província de Cabinda, estando o restante disperso na plataforma continental adjacente às províncias do Zaire, Luanda, Benguela e Namibe.
A cascata de descobertas de petróleo em águas profundas, desde 1993, incrementou a produção ao nível actual de cerca de um milhão de barris/dia. A eventual criação de um novo pólo petrolífero ao largo do Lobito, na província de Benguela, pode vir a transformar Angola num produtor ao nível da Nigéria e com um peso equivalente ao dos Emiratos Árabes Unidos na liderança petrolífera mundial.
Actualmente, 63% da produção petrolífera de Angola é exportada para os EUA (representando 8% das importações americanas) e para outros mercados, nomeadamente europeus (França, Portugal, etc.), asiáticos (China, Coreia do Sul, Filipinas, Índia e Japão) e africanos (ao nível dos países da SADC).
Alguns projectos em curso prevêem o aproveitamento do gás natural, em Cabinda de uma fábrica petroquímica, para a conversão do gás natural em diesel e outros derivados e para a liquefacção do gás para exportação (com mercados potenciais da América Latina). A isso há a acrescentar a nova refinaria em construção no Lobito (província de Benguela).
Depois do petróleo, os diamantes constituem o principal produto que Angola exporta. As principais reservas estão localizadas no Nordeste do país, região onde o produto conhece grande pureza e excelente qualidade
Fontes: https://visiteangola.com/recursosminerais.htm